As alterações do aspecto: FORMA, TAMANHO, COR, DUREZA dos alimentos provocam frequentemente, nas aves, recusa de ingestão, atraso na ingestão ou “escolha” dos alimentos.
Os perus são a espécie mais “esquisita” no que diz respeito a estas características dos alimentos.
Assim, é frequente que nas mudanças de lote de alimentos haja problemas de ingestão.
A GRANULOMETRIA e a DUREZA são os parâmetros que habitualmente são avaliados pelos fabricantes de alimentos.
No entanto estas características não permitem explicar os problemas de recusa ou escolha que se observam nas explorações.
Sabemos que a visão das aves é diferente da dos mamíferos, as aves têm uma visão focal precisa e lêem os raios ultravioletas.
Além disso, o “tocar” do alimento com o bico é uma manobra muito sensível (sabe-se que existem numerosos mecanoreceptores no bico do peru).
As situações que mais contribuem para a “escolha” relacionam-se com a sua TEXTURA e, ainda mais, com A COR DO ALIMENTO!
Outros factores como a “carga de compressão máxima”, a “dureza” e a “rugosidade” foram também podem interferir.
Em estudos de campo feitos em bandos de perus nas fases das transições de tipo de alimento comparando diversas explorações de campo, permitiram classificar as explorações em “sensíveis” e “não sensíveis”, face ao grau de NEOFOBIA observado.
1ª Observação:
Em TODAS as explorações submetidas a uma transição em que houve alterações da forma do alimento – migalha, granulado, farinha – os perusinhos gastaram muito mais tempo a OBSERVAR o alimento em vez de o DEBICAR.
Nas explorações sensíveis (35%) o factor comum foi que “uma variação da dureza é significativamente mais importante que nas explorações não sensíveis”.
Assim, foi observado em perus de 28 dias (em condições de ensaio) que na passagem de um alimento migalha para granulado as aves consumiram menos alimento nos primeiros 24 minutos, mas que ao fim de 24 horas os consumos estavam normais. Notaram também, no entanto, que há grandes variações individuais na habituação ao novo alimento.
Noutro grupo de ensaio – alteração da cor do alimento – as conclusões são muito interessantes.
Na verdade, os peruzinhos são sensíveis às ALTERAÇÕES DE COR do alimento.
Os perus consumiram melhor os alimentos “branco” e “vermelho” que os alimentos “azul” e “preto”.
Concluíram que o contraste da cor do alimento, na transição, é um factor importante a ter em conta.
Nos ensaios com a “dureza” do alimento granulado verificou-se que as aves habituadas a um alimento “mole” – as aves comem primeiro um alimento mole e depois um duro – os perus têm uma reação menos marcada com os alimentos menos duros.
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Fonte: https://www.filieres-avicoles.com/